sábado, outubro 25

Memória timesdors - 7 de Setembro de Barra do Quaraí

Essa reportagem conta um pouco da história do glorioso 7 de Setembro FC de Barra do Quaraí, um dos mais antigos clubes do Rio Grande do Sul. Copiei ela da internet há anos atrás. Lamentavelmente a página foi retirada do ar e por isso resolvi publica-la novamente para que fique a disposição do público.



      Desde 1887 se praticava o futebol na Barra do Quaraí, com os trabalhadores do Frigorífico Saladero, pertencente a Companhia Saladera Barra do Quaraí, empresa inglesa ali estabelecida desde este mencionado ano.
     A bola era feita de bexiga de boi e rolava nos pátios da fábrica. Com a chegada dos ingleses, em 1900, para fazer a ponte de ferro, o futebol tomou grande vigor. Nessa época, nasceram os seguintes times na vila da Barra do Quarai: Ideal, Farroupilha, Gaúcho, Operário e o 7 de Setembro Foot-Ball Club.


     O 7 de Setembro Foot-Ball Club foi fundado no dia 7 de setembro de 1912. Suas cores, preto e branco. Com o passar do tempo, os outros times foram se findando e por 1925, só continuava ele, de pé e jogando sempre, com muito suor e garra.


     Na foto acima, um clássico na fronteira: 7 de Setembro contra o Fluminense. Pelo Fluminense jogavam Osvaldo Prestes, Nene, Preto, Ricardo Garay, Arnóbio, Pato Poeta, Viriato, Carlitos, Eraldino; pelo 7 de Setembro: Camargo, Solom Paz, Paulo Rodriguez, Isodoro, Guilhermino, Ramão, Rocky, Miguens. No centro, as rainhas dos dois clubes. O campo ficava perto do açude do Saladero.  
     O 7 de Setembro tornou-se o Clube Social da cidade e sempre carregou centenas de admiradores; seus presidentes faziam do clube a sua casa, e sua casa servia de abrigo familiar para muitos e muitos setembristas de coração.
     Antigamente o 7 de Setembro era uma grande estrutura de madeira, cercada por arame, no salão eram usados faróis de querosene; em 1961, sob a presidência de Antonio Araci, se usava um trator ligado a um gerador para fornecer luz elétrica; o responsável pela eletricidade era Jose Schimidt e o trator era cedido por Nelson Doviggi. No ano de 1965 os bailes eram iluminados por faróis a gas.
     Na década de 60, a luz elétrica na Barra do Quaraí apenas funcionava das 19h00 às 23h00. Porém, nos dias de baile no 7 de Setembro a gente pagava combustível para a energia elétrica seguir até às 6h00 da manhã. Sabe como eram escolhidas as rainhas do clube? Os votos eram vendidos de casa em casa. Quem mais vendesse votos era a rainha, a segunda que mais vendia era a primeira princesa. Nos fundos do Clube, em 1968, foi criado uma cancha de bochas; ao lado, uma pista de danças ao ar livre.


     Sessão Solene de apresentação da nova diretoria do 7 de Setembro eleita em 04 de fevereiro de 2007. O Presidente da Entidade, Julio Teixeira, apresentou uma nova forma de atuar do clube, destacando a importância da vida cultural neste momento em que uma sociedade repleta de valores como a de Barra do Quaraí e busca alternativas.


Ramão Benites - ficou conhecido como um dos grandes jogadores de futebol da equipe do clube 7 de Setembro.
Ramão além de grande jogador era um pedreiro de mão cheia, mas em dia de futebol, deixava tudo de lado e se pudesse morava dentro de um campo, pois tamanha era a sua paixão pela camiseta preta e branca do seu clube.
Ramão era casado com a lavadeira Patota, que assim como o marido, era Setembrista, mas nunca ia ao campo ver os jogos, gostava mesmo era de lavar roupa pra fora. Ramão jogou no time desde 1925
até 1955 e sempre como titular
     Nos anos de 1979, já com 70 anos, lá estava ele na beira do campo fazendo a vez de gandula ou mostrando jogadas aos novatos da equipe.
     O grande zagueiro mereceu reconhecimentos de todos os antigos jogadores, como um dos grandes que vestiram a camiseta preta e branca e ganhou na parede da vida futebolista, um quadro pintado a óleo, para ficar eternizado como o zagueirão do 7 de Setembro.

Ramão Benites, o maior ídolo setembrino. Fonte: Folha Barrense


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